No dia 10 de Dezembro de 1980 (há exatamente 31 anos) fora decretada e sancionada a Lei de nº. 6.888, que:
Dispõe sobre o exercício da profissão de Sociólogo e dá outras providências
"Art. 2º. Da competência do Sociólogo:
I - elaborar, supervisionar, orientar, coordenar, planejar, programar, implantar, controlar, dirigir, executar, analisar ou avaliar estudos, trabalhos, pesquisas, planos, programas e projetos atinentes à realidade social;
II - ensinar Sociologia Geral ou Especial, nos estabelecimentos de ensino, desde que cumpridas as exigências legais
III - assessorar e prestar consultoria a empresas, órgãos da administração pública direta ou indireta, entidades e associações, relativamente à realidade social;
Nos órgãos públicos da administração direta ou indireta ou as entidades privadas, quando encarregados da elaboração e execução de planos, estudos, programas e projetos."
- o que nós (graduandos e graduados em ciências sociais - seja bacharelado ou licenciatura) estamos fazendo para tornarmos sociólogos, preocupados com a realidade social?
- nosso currículo (seja qual a instituição de ensino que estudamos) está de acordo com essa realidade? Está desenvolvendo atividades que construam cientistas sociais preparados?
- nós sabemos quais são os nossos objetivos? Vamos continuar reproduzindo o que nos "ensinam", reproduzindo as relações de poder presentes no nosso local de estudo (e muitas vezes de trabalho) que é a universidade?
- queremos continuar reproduzindo um sistema político-econômico-social que agudiza as desigualdades, naturalizando o naturalizado, apoiando formas tradicionais do fazer político como sendo esse o reflexo da inovação e da vanguarda das elites pensantes?
- será que após 31 anos, essa descrição da nossa profissão nos traduz? Somos cientistas sociais de formação ou meros especialistas em uma das três áreas que contemplam o curso?
A você colega, que ao menos se questiona sobre estas ou outras reflexões a cerca da nossa futura (ou atual) profissão, feliz dia do sociólogo (: