Histórico do GTD


Durante a gestão 2010/2011 do CECS (Centro de Estudantes de Ciências Sociais UFRGS), nós organizamos as atividades do GTD de Fomento ao Conhecimento. Abaixo, estão os planejamentos dos dois semestres de 2011:



Planejamento 2011/1



Justificativa: A existência GTD de Fomento ao Conhecimento é resultado da elaboração do Estatuto do Centro de Estudantes de Ciências Sociais, sendo um grupo “estatutário”, permanente, ao longo das gestões do CECS. Segundo o Estatuto: “Cabe ao GTD de Fomento ao Conhecimento estimular e promover a criação e organização de grupos de estudo, tendo como função secundária ações de promoção e divulgação de palestras e seminários”, portanto, os envolvidos na organização deste GTD devem orientar suas atividades a partir dessa definição e ao que entenderem por “Fomento ao Conhecimento”. Sendo um grupo autônomo ao Comitê executivo, não se inserindo em um carater representativo, pois não necessita de autorização do mesmo para realizar suas atividades.


Objetivo: O GTD de Fomento ao Conhecimento é mais uma forma de participação dos estudantes de Ciências Sociais, onde tem como propósito funcionar como espaço de desenvolvimento de ações que complementem e auxiliem a formação acadêmica dos estudantes, da mesma forma que se proponha fazer a divulgação e mediação desses conhecimentos com público não-acadêmico em atividades de extensão.

O grupo de que orientou a estruturação do GTD optou por tentar efetivar o conhecimento de maneira pratica a partir de projetos e/ou atividades que façam refletir e re-pensar a atuação politica estudantil  da mesma forma que proporcione experiências nas quais possam ser “testadas” as habilidades pressupostas de um cientista social.

Em relação o primeiro ponto, consideramos essencial uma melhor formação teórica, mais especificamente da ciência política, para que saberes que nem sempre recebem espaço necessário e/ou não são de acesso a todos (devido as ênfases que cada um opta em sua carreira acadêmica e profissional) possam ser discutidos e apreendidos pelos estudantes que circulam pelo movimento estudantil, gerando espaço para pensar e atuar nesse campo a partir de outras perspectivas, nem sempre hegemônicas. Já o segundo, busca sanar a falta de propostas que gerem a articulação dos conhecimentos teórico-prático do curso, enfocando o desenvolvimento do trabalho do cientista social em seus diversos espaços de atuação.

Para tanto, buscamos articular três eixos a fim de corresponderem essas expectativas e igualmente correlacioná-los a fim de formar uma práxis coesa sobre as linhas propostas. Desta forma, a intenção é pensar em um projeto de extensão em Ciências Sociais com a discussão e elaboração de  uma Incubadora de Tecnologia Social e a formação de um grupo de estudos e formação política.

O desenvolvimento da extensão na Ciências Sociais é essencial para haja uma produção de conhecimento completa em nossa área de estudo (efetivando o tripé ensino-pesquisa-extensão). É apenas com a extensão que podemos fazer que a produção acadêmica não se limite apenas aos intelectuais que nela trabalham, e sim extrapolar os limites da Universidade e fazer tais saberes interagirem (e serem socializados) com as comunidades e grupos de interesse, assim, aprimorando-o pelo diálogo estabelecido e possibilitando a transformação da realidade em que se insere. Por isso, a inexistência desse tipo de atividade na Ciências Sociais da UFRGS faz com que busquemos explorar esse campo a partir da elaboração de um projeto de extensão.

               Para pensar a extensão e para auxiliar a constituição da Incubadora de Tecnologia Social (objeto escolhido pelo GTD para extensionar) usaremos como espaço teórico de reflexão o Grupo de Estudos e Formação Política (GEFP). Pontuamos a necessidade de constituição de um grupo de estudos, justamente pra termos um aporte teórico para as práticas que desejaremos desenvolver e atuar enquanto GTD, assim desenvolvendo o auto-aprendizado entre os discentes a partir da organização das lacunas de sua formação.

     Assim, para articular o conhecimento teórico desenvolvido no GEFP, para buscar fazer a intermediação do campo da Ciências Sociais com outros setores da sociedade que não apenas a Universidade, e para exercitar a parte prática de nossa experiência acadêmica, consideramos a formação de uma Incubadora de Tecnologia Social em Ciências Sociais uma excelente oportunidade para explorar campos dentro do curso e tornar a proposta do GTD completa; a incubadora possibilita refletir como as Ciências Sociais auxiliam e geram Tecnologias Sociais, como conectamos teoria social e prática social, em que campo podem ser elaborados os empreendimentos de uma incubadora, qual pode ser a importância social da elaboração de um empreendimento desse caráter.

             A intenção da formulação e exercício das atividades da Incubadora de Tecnologia Social é poder criar um espaço que viabilize e auxilie a inserção  dos cientistas sociais em um espaço pouco fomentado (pensar além da formação de professores e pesquisadores). Não pretende-se manter um carater apenas de prestação de serviços, mas sim da atuação desse cientista social na sociedade através da formação de Empreendimentos de Economia Solidária (a partir de estudos de caso dentro de comunidades em vulnerabilidade social avaliando as possibilidades de geração de renda para assim construir um projeto de EES) onde as diversas áreas  estudadas em nosso campo teórico (projetos/pesquisas sociais, pesquisa/sondagem de mercado, marketing político, ong’s/oscip’s) são de suma importância para  a interação cientista social - sociedade.


Planejamento 2011/2


Objetivo: O GTD de Fomento ao Conhecimento é um espaço de formação e participação dos estudantes de Ciências Sociais, ou seja, desenvolvem-se ações nas quais seja possível gerar envolvimento dos discentes com as questões acadêmicas e políticas de sua trajetória enquanto cientista social a partir do esforço em relacionar teoria e prática, de modo a incentivar que haja uma troca de saberes, entre academia  e  sociedade. Entendemos que a produção (e a “aplicação”) de conhecimento é uma práxis, que não é neutra mesmo quando se diz neutra, portanto, é um posicionamento político e está intrinsecamente ligada com as disputas de poder que envolvem a ciência e tecnologia do país.
            
             Dessa maneira, queremos dar continuidade aos eixos pensados para o primeiro semestre de 2011. Agora, após um semestre de trabalho, consideramos a necessidade de reestruturá-los, mas de forma que possibilite melhorá-los, reformulá-los e continuá-los. Nosso foco inicial foi buscar desenvolver uma ação de Extensão em Ciências Sociais como forma de “colocar em prática” nosso aprendizado teórico adquirido ao longo do curso na busca de uma possibilidade real de aproximar Universidade e Sociedade.

          Na elaboração de uma ação de extensão diversos temas para orientação no desenvolvimento do projeto e da atividade tem de ser estudados e aprofundados. Por esse motivo se formou o GEFP - Grupo de Estudos e Formação Política. Cabe salientar que no Grupo de Estudos agregou-se a questão da “Formação Política”, pois vemos como essencial o não deslocamento do movimento estudantil às questões envolvidas na produção de conhecimento e na formação do cientista social. Além disso, o grupo agora mais consolidado, vê de suma importância a preocupação de se re-pensar as práticas políticas do próprio movimento estudantil. Dessa maneira,  o objeto escolhido para tentar extensionar, uma Incubadora de Tecnologia Social (ITS), foi fundamental para compreender outras formas de organização, seja ela política, econômica e/ou tecnológica.

      Porém, constatamos que um projeto de extensão complexo com o de uma Incubadora de Tecnologia Social dependeria mais do que nossos esforços politico-pedagógicos. Uma ITS necessita para sua formação de uma interdisciplinaridade tanto em relação aos temas a serem estudados, quanto na formação de seus membros, além de apoios substanciais da Universidade para sua implementação.

        Para o segundo semestre do ano corrente, pretendemos continuar com dois dos eixos do primeiro semestre: realização dos GEFP (como espaço de teórico) e de atividades que possibilitem não somente o compartilhamento de informações, mas também permitam os próprios estudantes a construir cada ação proposta com o foco em suprir a falta de atividades que gerem a articulação dos conhecimentos teórico-prático do curso, desenvolvendo o trabalho do cientista social em seus diversos espaços de atuação.
  
           No lugar do terceiro eixo anteriormente explorado pelo GTD (referente à Incubadora de Tecnologia Social) esse semestre, nos ocuparemos em pensar a extensão a partir de “Práticas em Ciências Sociais” (inserção dos estudantes em assembleias do Orçamento Participativo e em projetos já estruturados como no PETConexões). Assim, o GTD deve manter o seu carater de fomentador e produtor de conhecimento, não apenas reprodutor.